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Presidente do TJSE nega diálogo com Sindijus sobre condições de trabalho

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negativa reunião parte interna

Confirmando a disposição para o diálogo sobre condições seguras de trabalho para os servidores e servidoras do Tribunal de Justiça de Sergipe, a diretoria do Sindijus protocolou um ofício ao presidente do órgão, desembargador Osório Ramos Filho, solicitando reunião por videoconferência.

Demonstrando insensibilidade para a gravidade da crise sanitária que o país atravessa, o presidente do Tribunal, através do Oficio 10392/2020, optou por negar o diálogo com a entidade representativa dos trabalhadores e trabalhadoras do TJSE.

A justificativa do desembargador Osório para a negativa foi o fato do Sindijus ter proposto ação judicial na tentativa de impedir o retorno presencial quando o estado de Sergipe registrava índices crescentes de contaminação e mortes pela covid-19. “...Nesse sentido, restou deliberado que o Sindijus judicializou essa questão, e que por isso, o Gabinete do Crise irá aguardar o resultado do processo na Justiça, fato que inviabiliza o encontro com os representantes do referido Sindicato”, expressou Osório, no documento.

Para Antonio Fernandes, coordenador jurídico do Sindijus, “além de já ser injustificável o presidente de um órgão de Estado decidir sequer conversar com a entidade que, inclusive constitucionalmente, representa os seus trabalhadores, é ainda mais absurdo o argumento utilizado, porque praticamente faz chantagem ao, de forma indireta, dizer que o sindicato deve abrir mão de um direito legítimo – que é entrar com uma ação na Justiça – para conseguir ser recebido”.

O dirigente sindical critica também a incoerência entre o discurso e a prática da gestão do TJSE. “Conforme divulgado no próprio site, o TJSE alcançou os melhores índices de conciliação no Brasil, de acordo com ranking do Conselho Nacional de Justiça. Mas enquanto propõe a conciliação como saída para os diversos conflitos, a presidência do Tribunal prefere exercer justamente o oposto. É o famoso casa de ferreiro, espeto de pau. Ou, como nos lembra o ditado popular, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, lamenta Fernandes.

Apesar da intransigência por parte da gestão, a diretoria Sindijus continuará tanto buscando o diálogo quanto manterá a ação judicial, por entender que as duas estratégias têm como objetivo principal a defesa dos direitos e da vida dos servidores do TJSE.