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Sindijus apresenta campanha salarial aos servidores do Fórum Gumersindo Bessa

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O último dia de atividades de 2020 no Fórum Gumersindo Bessa foi em clima de campanha salarial. Nesta sexta-feira, 18, a Direção do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Sergipe (Sindijus) foi a esta que é a maior unidade do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) para dialogar com os servidores e servidoras sobre a campanha de 2020.

Com o tema “Você não faz Justiça sozinho”, a campanha coloca os servidores do Judiciário em seu devido lugar: como heróis da vida real, que combatem as injustiças e trabalham para defender os direitos da população! Lançada na semana passada com a chegada às ruas das primeiras peças publicitárias, esta edição da campanha chama a atenção para o papel central desempenhado pelos servidores efetivos na prestação dos serviços públicos, entre os quais se destacam os serviços jurisdicionais. 

“Se a lição que 2020 e a pandemia do coronavírus vão deixar ao povo brasileiro é que existem heróis e heroínas neste país, mas eles e elas não estão nos parlamentos, nem nas casas dos governadores ou dos prefeitos. Estes heróis são os servidores públicos, que se doaram neste momento tão sensível da história da humanidade. Os heróis brasileiros não vestem capa, mas eles existem, e é sobre isso que a gente tenta dialogar nesta campanha salarial”, declarou o coordenador geral do Sindijus, Jones Ribeiro.

Para a analista em serviço social do TJSE lotada no Fórum Gumersindo Bessa, Heloísa Joana, a campanha do Sindijus 2020 foi muito feliz por trazer à tona o papel cumprido pelos servidores e cumprido coletivamente. “Permanecemos participando das audiências, promovendo o atendimento à população, movimentando os processos, realizando perícias. Estas não são atividades meramente burocráticas e nem isoladas, foram e são ações coletivas, que garantiram e permanecem garantindo direitos. A população não deixou de ser assistida pelo Judiciário porque os servidores que nele trabalham estavam prontos para servir à sociedade”, afirmou.

Ela destaca que o conceito de coletividade presente na campanha contempla ainda o papel cumprido pelas organizações sociais e sindicais, que precisam estar unidas neste momento de tantos ataques aos direitos da população. “Mesmo no contexto histórico que estávamos vivendo de adversidade e de isolamento social, os trabalhadores do judiciário não fizeram justiça sozinhos, isolados. As lutas por garantia de direitos sociais e trabalhistas só trazem resultados positivos se forem travadas de forma coletiva”, avalia a servidora, relembrando de momentos fundamentais vividos pelos servidores do Judiciário ao longo de 2020, a exemplo das assembleias virtuais e da mais longa greve realizada pelo Sindijus, a greve sanitária em defesa da vida, que durou 19 dias.

Jones Ribeiro lembra que o mote “Você não faz justiça sozinho” também é uma maneira de discutir as profundas contradições existentes no Tribunal de Justiça de Sergipe: “um tribunal que ano após ano é reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça um dos melhores do país, mas que, internamente, só reconhece alguns - os altos cargos comissionados, juízes e desembargadores – e que esquece dos servidores, que têm sido os agentes públicos mais presentes nos fóruns neste momento de calamidade”, avaliou.

Kits e materiais de campanha


Durante a recepção, a diretoria do Sindijus presenteou os servidores com kits de segurança contendo máscara e porta álcool gel, além de distribuir a Edição 81 do Sindijus informa, dedicada prioritariamente à campanha salarial deste ano.

Tanto o conceito da campanha salarial quanto a pauta foram planejados em cinco Plenárias de Base e na Assembleia da categoria realizadas online, entre outubro e novembro de 2020, mantendo a tradição democrática de construção da campanha salarial com ampla participação da base do sindicato.

No último dia 03 de dezembro, a diretoria do Sindijus se reuniu com o presidente do TJSE, desembargador Osório Ramos Filho, porém as negociações não avançaram. Na reunião o presidente do TJSE colocou em dúvida até mesmo a revisão constitucional do vencimento-base, aparando-se na Lei Complementar 173/2020, de autoria do Governo Bolsonaro, para negar a pauta dos servidores. Uma nova rodada de negociação ficou prevista para o início de janeiro de 2021, ainda sem data agendada.