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Em audiência sobre a PEC 32, coordenador da Fenajud defende mobilização permanente para barrar retrocessos

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fenajud 250821“Em nenhuma linha, a proposta [PEC 32] trata de modernização ou de melhoria dos serviços públicos. Por isso, ela nem pode ser chamada de Reforma Administrativa. Também não há redução de despesas, o governo não conseguiu apresentar os dados que embasam essa alegação. E nós sabemos que não vai combater privilégios, pois os verdadeiros privilegiados não são alcançados pela PEC 32. Então, essa proposta interessa ao mercado, que quer abocanhar o orçamento público”, argumentou o coordenador de Assuntos Parlamentares da Fenajud, Eduardo Couto, que também é vice-presidente do Serjusmig, em audiência pública nesta sexta-feira (13).

O encontro da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi realizado por solicitação da deputada estadual Beatriz Cerqueira, a fim de debater os impactos da Reforma Administrativa no serviço público e faz parte da agenda oficial de seminários organizada pela Comissão Especial instalada para apreciar a proposta na Câmara dos Deputados. O debate contou com as intervenções de mais de 20 participantes, entre parlamentares, dirigentes sindicais e estudiosos do assunto.

Embora tenham sido convidados o ministro da Economia, Paulo Guedes, parlamentares mineiros que integram a Comissão Especial na Câmara dos Deputados e os integrantes da Comissão de Administração Pública da ALMG, apenas cinco autoridades compareceram ao debate: os deputados estaduais Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia, e Beatriz Cerqueira (PT), que presidiu a reunião, bem como os deputados federais Rogério Correia, Reginaldo Lopes e Odair Cunha (PT).

“O governo tem pressa, o presidente da Câmara disse que vai votar isso no início de setembro e os deputados e deputadas federais precisam ter consciência de que, se votarem, destruirão o serviço público. É preciso que eles saibam que, em cada município mineiro, as pessoas estão sabendo disso”, alertou o deputado Rogério Correia, coordenador da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público.

Antes da audiência, às 13h, sindicatos realizaram uma manifestação em frente à entrada principal da Assembleia Legislativa. “Estivemos nas ruas no dia 3 de julho, voltamos às ruas no dia 24 de julho, estivemos em Brasília no dia 3 de agosto, na defesa dos serviços públicos, da vacinação e contra a PEC 32. Agora, no dia 18 de agosto, voltamos às ruas para dizer um ‘basta’ à retirada dos direitos da população”, defende Eduardo Couto.




Fonte: Fenajud