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Boletim Focus: Mercado vê inflação em 8,9% e crescimento maior em 2022

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Por conta da greve, relatório Focus não tinha novas publicações desde 2 de maio
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Mais de um mês após a última divulgação do relatório Focus, o documento publicado nesta segunda-feira pelo Banco

Central (BC) aponta para inflação em 8,89% em 2022 e 4,39% em 2023.

O número é bem superior aos projetados pelo mercado na última edição do Focus, publicado no dia 2 de maio. Naquela oportunidade, a mediana das expectativas era de 7,89% este ano e 4,1% em 2023.

A meta de inflação deste ano é de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p). Em março, o BC já havia admitido alta probabilidade de descumprimento da meta. Para 2023, a meta é de 3,25%, com piso de 1,75% e teto de 4,75%.

Por conta da greve dos servidores do BC, o relatório Focus não foi publicado em quatro oportunidades durante o mês de maio. Com isso, as expectativas de mercado estavam defasadas desde o início do mês passado.

Para o crescimento do PIB, o mercado atualizou suas projeções para 1,2% em 2022 e 0,76% no próximo ano. Na última edição do Focus, a projeção dos agentes do mercado para o PIB era de 0,7% em 2022 e 1% em 2023.

Já a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, ficou em 13,25% para o final deste ano e 9,75% em 2023. No início do mês, a mediana de mercado era que a taxa terminaria 2022 em 13,25% ao ano e caíssem para 9,25% em 2023.

Expectativas mais recentes

A divulgação do BC nesta segunda-feira foi parcial, diversos indicadores acabaram não sendo publicados, como as projeções mais longas, para 2024 e 2025, e de outros índices, como IGP-M, balança comercial e resultado primário.

No entanto, o BC divulgou a mediana das projeções dos últimos cinco dias, que traz um sinal de como as expectativas podem avançar nas próximas semanas. As expectativas principais consideram as projeções de mercado dos últimos 30 dias.

Levando em conta os últimos 5 dias, a inflação seria um pouco mais alta, de 9% em 2022 e 4,5% em 2023, assim como o PIB para este ano, que chega 1,5%. Já o crescimento para o ano que vem seria menor, de 0,47%.



Fonte: Exame