Mais de 100 mil pessoas vão às ruas em Israel para protestar contra reforma do Judiciário
De acordo com uma TV local, 110 mil pessoas se manifestaram apenas em Tel Aviv, com outras manifestações realizadas em cidades de todo o país na mesma semana
Milhares de pessoas voltaram a fazer protestos em Israel, agora no úlimo dia 6, contra os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de aumentar o controle do Parlamento sobre a Suprema Corte.
A reforma daria ao governo o controle sobre a nomeação de juízes para a Suprema Corte e permitiria que o Parlamento anulasse muitas decisões. A mudança está em curso, mas foi suspensa depois que israelenses foram às ruas para maiores protestos já vistos no país.
O governo diz que juízes ativistas estão exercendo funções que deveriam ser do Parlamento e afirma que a reforma é necessária para restaurar o equilíbrio entre o judiciário e os políticos eleitos.
Os críticos dizem que isso removerá os freios e contrapesos que sustentam um Estado democrático e entregará poder irrestrito ao governo.
Governo funciona mal, dizem pesquisas
Cinco meses após o início do mandato da coalizão de extrema-direita, 74% dos israelenses acham que o governo está funcionando mal, de acordo com uma pesquisa divulgada pela emissora pública israelense na sexta-feira.
Multidões se reuniram no centro de Tel Aviv no sábado em uma demonstração de desafio contra os planos que veem como uma ameaça existencial à democracia israelense.
O Canal 12 de Israel estimou que 110 mil pessoas se manifestaram apenas em Tel Aviv, com outras manifestações realizadas em cidades de todo o país.
A reforma planejada foi suspensa na tentativa de dar tempo ao presidente israelense Isaac Herzog, que tem mais um papel cerimonial, para intermediar um compromisso entre a coalizão e a oposição que poderia ver a legislação suavizada, mas até agora as negociações de compromisso não foram fruto nascido.
Os manifestantes agitaram as bandeiras israelenses azuis e brancas que se tornaram uma marca registrada dos protestos nos últimos três meses.
Fonte: Globo.com