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Mais de 100 mil pessoas vão às ruas em Israel para protestar contra reforma do Judiciário

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De acordo com uma TV local, 110 mil pessoas se manifestaram apenas em Tel Aviv, com outras manifestações realizadas em cidades de todo o país na mesma semana

mundo 090523

Milhares de pessoas voltaram a fazer protestos em Israel, agora no úlimo dia 6, contra os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de aumentar o controle do Parlamento sobre a Suprema Corte.

A reforma daria ao governo o controle sobre a nomeação de juízes para a Suprema Corte e permitiria que o Parlamento anulasse muitas decisões. A mudança está em curso, mas foi suspensa depois que israelenses foram às ruas para maiores protestos já vistos no país.

O governo diz que juízes ativistas estão exercendo funções que deveriam ser do Parlamento e afirma que a reforma é necessária para restaurar o equilíbrio entre o judiciário e os políticos eleitos.

Os críticos dizem que isso removerá os freios e contrapesos que sustentam um Estado democrático e entregará poder irrestrito ao governo.


Governo funciona mal, dizem pesquisas

Cinco meses após o início do mandato da coalizão de extrema-direita, 74% dos israelenses acham que o governo está funcionando mal, de acordo com uma pesquisa divulgada pela emissora pública israelense na sexta-feira.

Multidões se reuniram no centro de Tel Aviv no sábado em uma demonstração de desafio contra os planos que veem como uma ameaça existencial à democracia israelense.

O Canal 12 de Israel estimou que 110 mil pessoas se manifestaram apenas em Tel Aviv, com outras manifestações realizadas em cidades de todo o país.
A reforma planejada foi suspensa na tentativa de dar tempo ao presidente israelense Isaac Herzog, que tem mais um papel cerimonial, para intermediar um compromisso entre a coalizão e a oposição que poderia ver a legislação suavizada, mas até agora as negociações de compromisso não foram fruto nascido.

Os manifestantes agitaram as bandeiras israelenses azuis e brancas que se tornaram uma marca registrada dos protestos nos últimos três meses.



Fonte: Globo.com