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Revisão anual da Unimed será de 8,95% a partir de janeiro de 2022

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O índice de revisão anual do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares junto à Unimed será de 8,95% para 2022. A revisão, que se refere à mensalidade e à coparticipação, entra em vigor e passa a ser descontado nos contracheques dos sindicalizados conveniados a partir de janeiro do próximo ano.

O reajuste foi acordado entre a direção do Sindijus e a gerência comercial da Unimed. Por se tratar de um plano coletivo por adesão, a renovação do contrato é sempre negociada entre as partes, neste caso Sindijus e a Unimed. O principal fator é o índice de sinistralidade (relação entre o número de procedimentos acessados pelos beneficiários e o valor pago a Unimed para o plano de saúde).

Inicialmente, a Unimed propôs um aumento de 25,59%, argumentando que havia desequilíbrio no contrato em razão de a sinistralidade estar acima do patamar recomendado de 75%. Assessorada pela empresa Auditech, a direção do sindicato comprovou que a sinistralidade estava em torno de 98,7%, índice que superior ao patamar ideal.

“Após questionamentos e argumentações apresentados pelo Sindijus a partir de estudo técnico de nossa assessoria, a Unimed não apresentou dados que justificassem o percentual elevado proposto pela empresa. Portanto, conseguimos ao final das tratativas reduzir o percentual inicial para 8,95% de revisão, índice menor que a inflação deste ano”, explicou o coordenador de Administração e Finanças do Sindijus, Alexandre Rollemberg.

Negociação

Diferentemente da última negociação, em que a sinistralidade ficou dentro do patamar recomendado (de 72%,) e resultou numa revisão contratual de 5,5% para 2021, este ano a sinistralidade da carteira bateu os 98%. Isso significa que a cada R$ 100,00 pagos pelos servidores, R$ 98,00 são gastos com despesas médicas, e o restante é a parte destinada ao plano.

“Diante desse cenário, podemos avaliar que a negociação celebrada foi positiva, por ter sido rápida, sem saldo retroativo, e com a fixação de percentual abaixo da inflação que fechou o ano em 10,42%”, avalia Júlio Cesar, auditor da empresa Audithec.

A direção do sindicato relembra que o objetivo de ter uma assessoria especializada para tratar desse tema é obter o melhor percentual possível de reajuste, no intuito de gerar menos impacto na remuneração dos servidores, associado ao compromisso de manter a saúde financeira do plano.

“Este ano o percentual foi maior em razão da alta sinistralidade. No entanto, conseguimos fechar abaixo da inflação, objetivo que temos ao longo dos anos e que temos obtido êxito, fato comprovado pelas mensalidades com valores abaixo do valor de mercado comparado aos planos de saúde do mercado sergipano”, avaliou Alexandre.